quarta-feira, 29 de abril de 2009

Triplo Carpado Racial




"Já disseram que essa lei, uma vez aprovada, estaria legitimando o racismo, mas não consigo entender o porquê. Ao contrário, não aprová-la é que é uma atitude racista"
Senadora Serys Slhessarenko (PT-MT)



Isto foi a respeito da PLC 180/08, que estabelece cotas raciais para ingresso nas universidades públicas.

Achei lindo o triplo carpado da senadora, só não entendi essa história de aterrissar de cara no chão. Vá lá, pela foto é possível supor que a Mortícia aí tem prática.

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Reviranças

Revirei o layout do blog. Terminei assim, com algo bem simples e elegante, coisa que mal tem a ver comigo, mas que... hum... ia dizer "gosto assim mesmo". Mas seria estranho, então... hum... apenas "gosto (e ponto)".

Voltando, gosto de layouts assim. Poucas linhas, bastante blank space, e escala monocromática, às vezes pincelada com uma outra cor. Algo desse tipo dificilmente sai errado.

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Emily Bindiger e certos acidentes

Já há muito tempo ouço um pouco de See-Saw. Conheci a banda por acaso, através da trilha sonora do anime .hack//Sign, e diferente da maioria das coisas que minha adolescência me legou, ainda acho essas músicas maravilhosas. Mas, estranhamente, quase tudo quanto se encontra de See-Saw além de raras excessões é de um poprock japonês medonho. O segredo das boas músicas da banda está em um fato do qual só me dei conta há pouco. A maior parte delas é interpretada por Emily Bindiger.

Música da trilha de .hack//Sign. See-Saw com os vocais maravilhosos de Emily Bindiger:

Música de Yoko Kanno da trilha sonora de Cowboy Bebop, também com vocais de Emily Bindiger:

E o atual projeto do qual Emily Bindiger participa em turnê, The Accidentals:

domingo, 19 de abril de 2009

Design em favor do terrorismo?

É fato óbvio que quase toda classe artística acredita que a pertinência a esse seleto grupo implica na obrigação de utilizar a sua obra e prestígio de forma "socialmente crítica". Creem ser um imperativo moral portar certos estandartes ideológicos. É a praga do artista engajado.

Sempre achei que o galho artístico que o design estende era uma ponte para essa desgraça. Eu tinha razão. Em uma rápida busca encontrei uma dúzia de sites dedicados ao design-ativismo. Naveguei algum tempo rindo das babaquices "inovadoras" de desobediência civil que alguns relatavam. Mas logo logo me deparei com esse pavão de estupidez humana:
http://www.guerrilla-innovation.com/archives/2006/01/000472.php

Acabou a graça.

Fighters+Lovers é uma companhia dinamarquesa que cria produtos estampados com mensagens de apoio às FARC e terroristas palestinos. Mais do que isso, até o início de 2006, a empresa anunciava que para cada camisa vendida, 5 euros eram doados aos dois grupos. Desde a sua criação a companhia foi alvo de protestos na Colombia e em Israel e recebeu uma série de ações judiciais. Os dois argumentos mais comumente usados em defesa desses filoterroristas, assassinos by proxy, variam entre (a) a ressalva cínica de que as doações eram destinadas apenas a atividades não violentas, e (b) a declaração de que a luta dos dois grupos sanguinários é justa. Isso tudo amarrado ao suposto direito democrático de foder com a democracia própria e alheia.

O primeiro argumento só passa mesmo pela garganta de um jumento. Ainda que a Fighters+Lovers fosse capaz provar por a+b que o investimento da doação seria não violento, trataria-se de um engodo. Imagine que seu vizinho ofereça abrigo, comida e roupa lavada a um bando de assaltantes enquanto estes planejam invadir a sua casa. Imagine também que ele faça isso plenamente ciente das intenções de seus inquilinos. De que importa se o seu vizinho estava ou não planejando pegar uma arma e se juntar aos bandidos? Ao fornecer direta e conscientemente os meios para a prática do crime, é claro que tanto o seu vizinho hipotético quanto os filoterroristas dinamarqueses da Fighter+Lovers são diretamente responsáveis por qualquer ato praticado por seus apadrinhados.

Já o segundo argumento vem logo acompanhado da velha brutal permuta lógica, que torna o povo Israelense e Colombiano os reais agressores das doçuras que são os terroristas. As FARC por exemplo querem apenas tornar a Colômbia sei lá... uma grande Disneyland onde todos andam de graça nos brinquedos e comem cachorro-quente até fartar (Pinóquio alguém?). Que mal tem se matam, sequestram e extorquem alguns milhares de pessoas para isso?

Pergunte-se agora. Se a Fighters+Lovers acha que luta terrorista é justa, pra quê declarar que doa dinheiro apenas para atividades não violentas? Os dois argumentos em defesa da companhia são mutuamente exclusivos, uma prestidigitação covarde para distrair o leitor enquanto derrama um véu de seda sob a conclusão óbvia de que Fighters+Lovers e todos os seus clientes, além de serem cúmplices, apoiam o banho de sangue praticado pelas FARC e por terroristas palestinos.

No mês passado, 25 de Março de 2009, a Suprema Corte Dinamarquesa condenou 6 dos 7 membros da empresa à cadeia por apoio ao terrorismo. Ótimo? Não. A merda da pena é de meros 2 a 6 meses de prisão condicional. Quer mais? O site deles continua no ar, vendendo livremente o seu material subversivo. Talvez ainda fazendo doações secretas, quem sabe?

PS.: Não vou dar o endereço o site da Fighters+Lovers aqui para não dar audiência direta, use um buscador se quiser confirmar.

sábado, 11 de abril de 2009

Blogcida Confesso e Reincidente

Cá estava eu - diga-se de passagem, com uma puta dor de cabeça que já dura 2 dias - lendo posts antigos de blogueiros antigos. Blogs que variam entre 4 ou 5 anos de persistência. Admiro essa gente. Fico imaginando se isso tudo é fruto de uma disciplina que beira o auto-flagelo ou daquele mesmo pixie tremeluzente que pipoca sobre o meu ombro e não para de zumbir "thiizzzz is great! Write it, write it down!" enquanto não abro o notepad e começo a teclar.

Meus blogs não costumam durar muito tempo. Em algum ponto do segundo semestre todos experimentam períodos progressivos de seca, até que a minha água barrenta falta de vez e, em desesperado esforço de sobrevida, são obrigados a beber os próprios sapatos. Acabam morrendo pouco depois do primeiro aniversário. Mas não é algo que eu lamente. Na verdade, danço de alegria na cova de cada um deles. Tenho uma ala inteirinha no cemitério para os meus blogs juvenis, e para esses a dança é especialmente animada.

Hum... creio que esse não é um bom jeito de se começa um blog. Venho aqui como um sujeito adentrando uma loja e calmamente alertando a todos sobre o meu passado de assaltante penta reincidente. Estou avisando, vou reincidir. Não tenho nenhuma esperança ou promessa de longevidade para este blog. Mas tenho, na verdade, uma vontade muitíssimo mais ousada, e creio que até ingênua. Muito muito! Quero que um dia, daqui a uns 5 anos, frente a lápide do “Gazuas”, não tenha vontade de cuspir-lhe a cova.